Faz tempo

Faz tempo. Faz tempo mesmo. Tinha cansado disso . De ficar escrevendo a toa esses troços pra ninguém ler. E se ler, não entender. Não (risos)... não, não escrevo de maneira erudita, não... São só palavras jogadas. Palavrinhas que se misturam a esses goooogles de bytes. Que sentido não tem muito não. Riminhas à toa. Sem muita expressão (Tá vendo? Rimou).

Mais que a cor

Alma e olhos azuis...
Da cor do céu
Que não tem fim
Nem tem começo
Só imensidão
Que é infinita
Que deixa a vida
Bem mais bonita

Cachorrinhos

Estou só
As pessoas que comigo estão
Também estão sós
Se aproximam de mim apenas por medo
E o medo que sinto permite essa aproximação
Como um cachorro assustado
Que se encosta em um qualquer na rua
Sentem medo, querem calor, querem afago
Ahhh, cachorrinhos, coitados!

Loucura

O amor muda tudo
Não o amor recíproco
Não o amor de escambo
Esse é fácil, pra gente fraca
Gente que vive de clichê
Que vive a vida previsivelmente
Sofrendo a cada acidente
Esperando que o mundo os abrace
Que tudo de certo
Nesta vida totalmente incerta

Estou falando de amor de verdade
Aquele amor sem nenhuma piedade
Amor doido, paradoxal
Do perdedor vitorioso
Que mesmo perdendo continua amando
Transformando dor em balsamo,
Afeto e felicidade

E vai mudando nossos corações,
Nossa alma,
Nossas mentes
Funcionando como uma lente que nos permite ver a verdade
Nua, crua, linda e sincera
Nem sempre desejada...
Confortante em sua essência

Coisa doida é o amor
Só quem ama sabe disso
Só quem ama de verdade...
É nessas horas que entendo Deus
Entendo essa loucura toda Dele
Essa loucura de amor incondicional
É, Ele sabe das coisas... Como sabe...
De bobo, só a cara e o jeito de andar...

Primazia

Ganhar ou perder?
Não sei quais das duas coisas é a maior ilusão
Ganhar dinheiro
Ganhar fama
Ganhar de alguém
Ganhar alguém...

Utopicamente,
Desesperadamente,
Vamos barganhando as coisas
Barganhando vidas,
Idéias,
Ideais...

E assim...
Lavando vantagem
Levando a melhor
Perdemos encanto
Sabe aquele brilho?
Perdemos também
Quando percebemos
Já não há tempo...

Pois perdemos todo tempo do mundo
Ganhando dinheiro
Ganhando fama
Ganhando de alguém
Ganhando alguém...

Pedaços

Meio louco
Meio antiquado
Meio bobo
Meio triste
Meio moderno
Meio alegre
Meio otimista
Meio apaixonado
Meio angustiado
Meio encantado
Meio perdido

Sou assim
Feito em partes
Feito em metades,
Nunca inteiro
Nunca pleno
Sempre faltando
Sempre buscando

Máscara

Eu queria não ter que fingir
E sair rodopiando pelas ruas
Abraçando a todos que eu vejo
Sorrindo a vontade e a toa

Eu queria poder debochar de mim mesmo
Sem aqueles preconceitos tolos que nos estacionam
Destruindo o medo de ser ridiculamente feliz
Não ligando para nada e amando tudo

Mas todos os meu sonhos vendi
Entregando-os a qualquer preço
Por sobrevivência, necessidade efêmera
Para manter essa triste altivez

Troquei tudo por muito pouco
Limitando minha fantasia
Acabando com minha infância
Com aquela legitima alegria de gostar sem querer

Infantil e genial eu era
Mas a lassidão invadiu meu ser
A lassidão dos sérios e responsáveis
De quem se esqueceu que a vida é brincadeira
Pois a seriedade da vida
Nada mais é que uma máscara